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Apenas 13% da população urbana do estado do Rio de Janeiro têm abastecimento satisfatório

RIO — O cheiro da geosmina é apenas parte de uma grave crise na distribuição e no tratamento da água do Rio de Janeiro, que, desde o período do réveillon, enfrenta uma contaminação nos reservatórios pela substância, produzida por micro-organismos. Somente 13% da população urbana do estado têm acesso a abastecimento satisfatório. O dado faz parte do último Atlas de Abastecimento Urbano de Água, que, elaborado em 2015 pela Agência Nacional de Águas (ANA), permanece atual devido à falta de investimentos em melhorias do sistema nos últimos anos. Isso significa que só 13% dos fluminenses vivem em cidades que têm água disponível e um sistema capaz de atender às demandas.

O problema não é só quantitativo, pois tem implicações na qualidade, alerta Renato Falcão Dantas, diretor da Faculdade de Tecnologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e líder de um grupo que faz pesquisas na área de meio ambiente e tratamento. Ele diz que, num sistema onde há, por exemplo, intermitência na distribuição, a pressão nos canos sofre variações. Isso compromete a limpidez da água que chega às torneiras, pois arrasta sedimentos acumulados na tubulação, causando turbidez e outras alterações.

Esses são trechos da entrevista dada pelo Prof. Dr. Renato Falcão Dantas para Jornal O Globo - Rio sobre a crise no abastecimento de água, confira a notícia na íntegra aqui.