A presença de compostos tóxicos em matrizes ambientais tem levado cientistas a buscar soluções mais eficazes e de menor impacto ambiental para o tratamento de águas. Um dos principais desafios está na remoção de contaminantes persistentes, como corantes, fármacos e agrotóxicos, que apresentam baixa biodegradabilidade e alto potencial tóxico.
Diante desse cenário, pesquisadores da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) e da Faculdade de Tecnologia (FT) da Unicamp desenvolveram uma tecnologia inovadora que combina biomassa de microalgas a membranas poliméricas. O resultado é um material bioadsorvente — materiais de origem biológica capazes de remover poluentes de forma eficiente.
O diferencial da tecnologia é que as microalgas não precisam ser cultivadas no local de uso, tornando o processo mais prático e adaptável a diferentes sistemas de tratamento. Além disso, as membranas podem ser utilizadas em equipamentos já existentes no mercado, ampliando as possibilidades de aplicação.
Segundo a Profa. Patrícia Prediger, docente da FT e inventora da tecnologia, os testes de adsorção realizados em laboratório comprovaram a eficiência do material.
“Os resultados superaram os de membranas convencionais, inclusive em efluentes de galvanoplastia, que são os que contêm metais potencialmente tóxicos como o zinco. As membranas mostraram grande capacidade de remoção de corantes, como o corante industrial crisoidina”, destaca Prediger.
A pesquisa abre caminho para soluções mais sustentáveis no tratamento de efluentes industriais e reforça o protagonismo da Unicamp no desenvolvimento de tecnologias de impacto socioambiental.
Confira a notícia completa no site da INOVA UNICAMP.
Fontes: Inova Unicamp.

