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Defesa de Doutorado: Beatriz Leão Evangelista de Lara

Título: Prevenção de Resíduos da Construção Civil: Análise dos Benefícios no Contexto das Habitações de Interesse Social

Comissão Examinadora - Titulares
Profa. Dra. Carmenlucia Santos Giordano Penteado (Presidente) - FT/Unicamp
Profa. Dra. Ana Paula Bortoleto - FECFAU 
Prof. Dr. Valdir Schalch - EESC/USP
Prof. Dr. Ricardo Gabbay de Souza - Unesp
Prof. Dr. Rodrigo Eduardo Córdoba - UFSCAR

Suplentes
Prof. Dr. Marco Aurélio Soares de Castro - FT/Unicamp
Prof. Dr. Jose da Costa Marques Neto - UFSCAR
Dr. Jonatha Roberto Pereira - Unimetrocamp

Local: Sala de Defesa (Prédio da Pós-graduação da FT) https://stream.meet.google.com/stream/c7e031a3-4763-4758-b470-33c7f40a3100

Resumo: Os Resíduos da Construção Civil (RCC) representam um dos maiores desafios para o poder público municipal devido às altas taxas de geração, ao grande volume e aos impactos ambientais gerados. Nesse contexto, esta pesquisa analisou a viabilidade ambiental e econômica de medidas de prevenção de RCC aplicadas à habitações de interesse social (HIS). Três cenários foram analisados: cenário base (CB) – residência unifamiliar construída em blocos de alvenaria; cenário de prevenção 1 (CP1) – CB com otimização no consumo de materiais; cenário de prevenção 2 (CP2) – habitação construída com paredes de concreto moldados in loco. A viabilidade ambiental foi realizada por meio da avaliação do ciclo de vida (ACV), considerando
as etapas do berço-a-entrega, e os potenciais impactos ambientais foram avaliados por meio da metodologia CML baseline (v.3.05). As categorias de impacto foram selecionadas de acordo com a norma europeia EN 15.978:2011: potencial de aquecimento global, acidificação, eutrofização, depleção da camada de ozônio, oxidação fotoquímica, depleção abiótica e depleção abiótica – combustíveis fósseis. A viabilidade econômica foi realizada a partir de dados monetários dos materiais de construção. Os cenários de prevenção levaram à uma redução na geração de RCC de 4% (CP1) e 36% (CP2). O CP1 reduziu os impactos ambientais em 5% enquanto o CP2 levou a um aumento de 15%, comparados ao CB. As etapas de construção mais críticas para CB e CP1 foram o revestimento e a superestrutura, enquanto para o CP2 foram a superestrutura e a pintura. As etapas de extração e produção dos materiais representam cerca de 90% do total dos impactos. Os materiais críticos para o CB e CP1 foram
concreto, cimento e aço, enquanto para o CP2 foram concreto, aço e tinta. As categorias mais relevantes para os três cenários analisados foram aquecimento global, depleção abiótica – combustíveis fósseis, e acidificação. A etapa de gerenciamento de resíduos foi irrelevante na geração de impactos, contribuindo com menos de 1% do total. Quanto à análise econômica, o CP1 apresentou uma redução de 3% nos custos, ao passo que o CP2 apresentou um aumento de 115%. Logo, conclui-se que apesar da prevenção reduzir a geração de RCC na fonte, não necessariamente diminui os potenciais impactos ambientais e custos. Assim, ressalta-se a importância de uma avaliação ambiental e econômica, para auxílio na tomada de decisão

 

Data: 
quarta-feira, 29 Maio, 2024 - 09:00